quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Oficina de Comunicação em Rádio Comunitária


Aconteceu nos dias 16 e17 de fevereiro, na sede do Projeto Puraqué, a primeira Oficina de Comunicação em Rádio Comunitária, facilitado pelo oficineiro Marquinhos Mota. A turma de puraqueanos que participou, teve dois dias muitos intensos de conhecimentos e informações sobre uma mídia envolvente e eclética que balança nossos corações e mentes desde o dia em que foi criada e até hoje, 70 anos depois, continua atraindo mais seguidores e comunicadores.

O primeiro momento dessa oficina, foi um aparato no nosso programa Studio PRQ e os passos básicos de um roteiro de rádio. Vinhetas de abertura e final, ficha técnica, rádio-novela, cortina, BG, entrevista, mensagens, linguagem regional e ouvintes são palavras-chaves para uma rádio interativa e comunitária.



Depois foi falado sobre comunicação. Comunicar é educar! Comunicar significa repassar informações e conhecimentos, ação de utilização dos sentidos, relações sociais, troca de experiências, contato, diálogo, entendimento,receber e gerar informação, interação, foram os conceitos que a turma falou na oficina. Em consenso, comunicação é criar uma sociedade mais justa, compartilhando seus pensamentos com outras pessoas.

A rádio tem grande influência na vida das pessoas. É uma mídia formadora de opinião pública, a ideologia da palavra deve ser tratada com respeito e ética. Vários nomes refletem bem esse conceito de comunicação + educação. Eles são Paulo Freire, modelo de educação a ser seguido e Joan Diaz Bodernav, paraguaio que viajou por vários lugares do mundo e conheceu a realidade de cada lugar.



Conhecemos também os três tipos de modelos clássicos de comunicação, as vantagens e os elementos de uma rádio. No final da oficina, criamos dois roteiros de programa de rádio com notícias, entrevistas, assinatura e cuidado com a ética no enfoque e fontes das mesmas. Foi abordado também sobre as peculiaridades de entrevista externa e de estúdio, como abordagem, criar ambiente (plano de fundo), perguntas básicas (3 a 5), imprevistos, “bengalas” e com a “deixa”, o conhecido 3,2,1 gravando..., são os termos mais conhecidos que ajudam os novos repórteres em ação.

Equipes preparadas, chega a hora de por em prática. Os grupos foram separados em salas distintas, a primeira no estúdio e a segunda, como ouvintes escutando a rádio. Os dois temas ficaram assim: Meio ambiente, Metareciclagem e lixo tecnológico – Programa Floresta digital e equipe Ecotecnologia e Cultura amazônica e gráfico – Programa Mistura cabocla



Houve as considerações finais e espaço para discussão da oficina e os resultados foram os seguintes: a priori, ler e escrever diariamente e reafirmação da rádio como ferramenta altamente mutável, pura criatividade. Cada dia é um dia diferente, dia único. As oportunidades estão aí, cabe cada um pegar a sua e ao conjunto vestir a camisa e trabalhar coletivamente.

E não pára por aí, a para próxima oficina, vem a Produção de Vinheta e Laboratório e criação de vinheta.

Como já dizia a dica de um amigo do Marquinhos, a voz na rádio é como “sentir o sabor das palavras saindo da boca”.


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