sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV

No dia 1 de março de 2009, com o tema "Unam-se às crianças - sintonizem com elas" (Unite for children – Tune in to Kids), será comemorado o Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV, uma iniciativa da UNICEF, que busca promover e garantir a informação de qualidade e estimular a participação de meninos e meninas nos meios de comunicação, através dos seus pensamentos e reivindicações.

A data da comemoração, que anualmente acontecia no segundo domingo de dezembro, foi alterada pelo Unicef para garantir maior participação das empresas de comunicação e de toda a sociedade. Nessa nova data, mais de 2 mil emissoras espalhadas por diversos países, estarão aderindo a esse movimento,estimulando para que mais mídias possam ter uma programação voltada para o tema, dando espaço exclusivamente para a opinião de crianças e jovens.

No Brasil,as redes públicas de TV e rádio, com a TV Cultura, a TV Brasil e a Rádio MEC, abrem espaço em sua programação para falar sobre o tema. Na página do Unicef também é possível acessar vídeos produzidos por crianças e jovens sobre essa data especial.Há catorze anos, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência) instituiu o Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV (ICDB), com o objetivo de incentivar a participação das crianças na produção de mídia e fazer com que os profissionais que trabalham nos meios de comunicação reflitam sobre a programação que veiculam.

E as manifestações infanto-juvenis são bem diversificadas. Elas estão nas vinhetas que defendem: a criação de mídias dirigidas para e por crianças e adolescentes, com espaço para exibição de produções regionais; a participação de crianças e adolescentes nas mídias já existentes, tanto produzindo quanto veiculando suas idéias; a promoção de políticas governamentais e privadas que invistam na produção de mídia por crianças e adolescentes; a criação de espaços nas escolas onde crianças e adolescentes recebam, busquem e utilizem informações de forma crítica, incluindo atenção especial para crianças portadoras de deficiência; e a regulamentação do que é produzido para e sobre crianças e adolescentes, respeitando suas necessidades e direitos.

Meninos e meninas produzem programa especial ao ICDB

A TV Cultura, uma das emissoras incentivadoras desse movimento, convidou exclusivamente para homenagear essa data, um grupo de meninos e meninas para apresentar um programa com o nome Você TV. Esse programa inédito será exibido amanhã, 1º de março, das 11h30 às 13h30, em comemoração ao Dia Internacional da Criança no Rádio e na Televisão.O Você TV levará ao ar matérias desenvolvidas por crianças, sobre diversos veículos midiáticos como vídeo, rádio, site e jornal impresso.

A meninada do Brasil poderá interagir com a equipe do programa, acessando o site www.tvcultura.com.br/vocetv para deixar seus comentários e opiniões, responder enquetes, visualizar fotos e vídeos. E ainda com tudo o que estiver rolando nos bastidores, além de assistir ao programa em tempo real.



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Oficina de Comunicação em Rádio Comunitária


Aconteceu nos dias 16 e17 de fevereiro, na sede do Projeto Puraqué, a primeira Oficina de Comunicação em Rádio Comunitária, facilitado pelo oficineiro Marquinhos Mota. A turma de puraqueanos que participou, teve dois dias muitos intensos de conhecimentos e informações sobre uma mídia envolvente e eclética que balança nossos corações e mentes desde o dia em que foi criada e até hoje, 70 anos depois, continua atraindo mais seguidores e comunicadores.

O primeiro momento dessa oficina, foi um aparato no nosso programa Studio PRQ e os passos básicos de um roteiro de rádio. Vinhetas de abertura e final, ficha técnica, rádio-novela, cortina, BG, entrevista, mensagens, linguagem regional e ouvintes são palavras-chaves para uma rádio interativa e comunitária.



Depois foi falado sobre comunicação. Comunicar é educar! Comunicar significa repassar informações e conhecimentos, ação de utilização dos sentidos, relações sociais, troca de experiências, contato, diálogo, entendimento,receber e gerar informação, interação, foram os conceitos que a turma falou na oficina. Em consenso, comunicação é criar uma sociedade mais justa, compartilhando seus pensamentos com outras pessoas.

A rádio tem grande influência na vida das pessoas. É uma mídia formadora de opinião pública, a ideologia da palavra deve ser tratada com respeito e ética. Vários nomes refletem bem esse conceito de comunicação + educação. Eles são Paulo Freire, modelo de educação a ser seguido e Joan Diaz Bodernav, paraguaio que viajou por vários lugares do mundo e conheceu a realidade de cada lugar.



Conhecemos também os três tipos de modelos clássicos de comunicação, as vantagens e os elementos de uma rádio. No final da oficina, criamos dois roteiros de programa de rádio com notícias, entrevistas, assinatura e cuidado com a ética no enfoque e fontes das mesmas. Foi abordado também sobre as peculiaridades de entrevista externa e de estúdio, como abordagem, criar ambiente (plano de fundo), perguntas básicas (3 a 5), imprevistos, “bengalas” e com a “deixa”, o conhecido 3,2,1 gravando..., são os termos mais conhecidos que ajudam os novos repórteres em ação.

Equipes preparadas, chega a hora de por em prática. Os grupos foram separados em salas distintas, a primeira no estúdio e a segunda, como ouvintes escutando a rádio. Os dois temas ficaram assim: Meio ambiente, Metareciclagem e lixo tecnológico – Programa Floresta digital e equipe Ecotecnologia e Cultura amazônica e gráfico – Programa Mistura cabocla



Houve as considerações finais e espaço para discussão da oficina e os resultados foram os seguintes: a priori, ler e escrever diariamente e reafirmação da rádio como ferramenta altamente mutável, pura criatividade. Cada dia é um dia diferente, dia único. As oportunidades estão aí, cabe cada um pegar a sua e ao conjunto vestir a camisa e trabalhar coletivamente.

E não pára por aí, a para próxima oficina, vem a Produção de Vinheta e Laboratório e criação de vinheta.

Como já dizia a dica de um amigo do Marquinhos, a voz na rádio é como “sentir o sabor das palavras saindo da boca”.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Lá vai o cometa Lulin "na contramão"



Ontem, dia 23 de fevereiro, quando o Brasil festejava o carnaval, com milhares de luzes acesas no céu, um desconhecido cruzava no espaço: o cometa Lulin.

Ele passou quase que despercebido nos céus brasileiro, por volta da madrugada toda. E uma das barreiras além das luzes do carnaval e das grandes cidades, foi a chuva forte em várias regiões, inclusive aqui em Santarém. Eu perdiiiii!

O cometa Lulin, descoberto por astrônomos taiwaneses e chineses em 2007, é rápido, de coloração esverdeada, circulando no sentido oposto ao dos planetas e possui duas caudas (uma tradicional e outra "anti-cauda".

Quem viu, viu...Ele não deve voltar por aqui nos próximos milhões de anos.

O homem Lixo


Uma organização não-governamental britânica, criou o Homem de Lixo. É um boneco de 3,3 toneladas e sete metros de altura que representa o lixo eletrônico gerado por um britânico em toda sua vida.

Então, minha gente se fossemos comparar os nossos desperdícios a cada boneco, vamos ter muito trabalho pela frente. Ao contrário, podemos sem pre contribuir com a redução do nosso lixo, utilizando diariamente, pondo em prática os 5Rs ambientais: Reduzir, reutilizar, reciclar, responsabilidade e respeito.

Hoje em dia, os próprios produtos são feitos para durar cada vez menos e que o consumidor não se opõe a essa idéia. “É o máximo da obsolescência programada”. Portanto, minha gente, o que acontece é que com o avanço da tecnologia, as pessoas não usam um aparelho até que ele se desgaste. Ai, como era bom, o tempo da minha vô... Aparelho de marca boa para tod@s, inclusive para minha vô, era sempre aquele que durava mais tempo. Esse produto da minha vó, ela usou, passou para minha mãe, eu ainda usei e que pena, minha filha já não teve a mesma oportunidade.

O que ela passará para minha neta, bisneta,...?

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Homem estátua


É gente! Não conseguir resistir. Quando vi o homem estátua, não deu outra. Essa é foto que tanto eu com o homem estátua mostra o que temos em comum: Não perdemos a pose!!

Coitado do pintinho!

Chegou a final das Mostra de Potecas Infantis Ribeirinhas. Elas falavam sobre os direitos das crianças. Mas dentre as 276 historinhas, teve muitas potecas engraçadas e divertidas. Então vou deixar uma que é do nosso amigo Paulo, de 11 anos da comunidade de Vila Franca, RESEX-Tapajós. Abraços, e curte essa...

Era uma vez o galo, a galinha e o pintinho que estavam passeando pela floresta. Quando eles deram por si, já estava de noite. Então, eles rapidamente procuraram um abrigo no galho de uma árvore. Anoiteceu e eles já estavam dormindo: o galo no alto, a galinha mais embaixo e o pintinho lá no toco da árvore.
Certa hora da noite, o galo ouviu um barulho e disse:
-Lá vem o bicho! E a galinha disse: - Deixa vim! Aí, o pintinho falou: - Coitado de mim!


Oficinas de Conhecimentos Livres na Casa Brasil

Aconteceu nos dias 13 e 14 de fevereiro de 2009, a oficina de Conhecimentos Livres, na Casa Brasil, na grande área do Santarenzinho, Santarém do Pará. Esse evento foi organizado pelo Pontão de Cultura e Projeto Puraqué, em parceria com o PSA (Projeto Saúde e Alegria), Rede Mocambos e Casa Brasil. Teve a presença especial dos professores de informática educativa do município, representantes de pontos de cultura, bolsistas do Navega Pará como oficineiros, infocentros e moradores da grande área.


A oficina de Conhecimentos Livres foi diversificada nas oficinas de aúdio, vídeo, gráfico e Metareciclagem, facilitados pelos oficineiros do Projeto Puraqué. Essas atividades tiveram como objetivos, conhecer e utilizar ferramentas midíaticas tecnológicas, bem como compartilhar os conhecimentos e a solidariedade intelectual, através do uso dessas ferramentas em Software Livre.




No final do evento, houve uma confraternização, reunindo todos os participantes no auditório da Casa Brasil, como uma dançante dinâmica corporal,e ao som da música fomos para as salas de oficinas. A de Metarec mostrou a importância de dismistificar a “caixa preta”(CPU) com as oficineiras Iara Esteves, Josiane Amorim, Mauricélia Lima e Dennie Fabrizzio, o “metaman” , João Tarsio e o aluno Rodrigo.




Em seguida, na sala de aúdio, foi apresentado o programa “Nossa cara”, criado pelos ativos participantes e oficineiros de plantão: Marcelo Lobato, Kathellem Suellem, Alessandra Sousa, France Teixeira e Dri Gama. E seguindo o rumo ao auditório novamente, na oficina de gráfico, foram apresentados várias produções de informativos relacionados com os temas da oficina, pelos oficineiros Tarcísio Ferreira, Cíntia Araújo e Magno dos Santos.






Para fechar o ciclo de conhecimentos, os oficineiros de vídeo: Jader Gama, César Marcos, David Góes e Francisco Evaldo, juntamente com os oficinados, apresentaram um vídeo educativo e divertido sobre Gênero e Aids, intitulado “Faca de dois gumes”, fechando e consagrando o que rolou durante esses curtos dois dias, com muita agitação e troca de conhecimentos.






Em destaque para oficina de aúdio, a turma que participou dela, foi a mais elétrica e se interagiu bastante com as demais oficinas, entrevistando as pessoas, apresentando o programa e é claro, editando em poucas horas, o “Nosso cara”, da rádio “Nossa voz”. A essência desse encontro é “tudo seu, meu, nosso”, as oficinas estão aí, para mostrar que seu intuito principal não é somente a utilizar e aprender as ferramentas em poucos dias, e sim aproveitar e se contagiar com a pluralidade de conhecimentos e se sentir ativo nesse processo, porque tudo que se aprende com intuito de beneficiar um coletivo, deve ser ensinado nessa vida. É se apropriar com atitude compartilhada.





Tivemos como colaboradores, os nossos companheiros de luta: Rogério Marques, Leandro Sousa, Jhonatas Ribeiro, Darlisson Duarte e Ray Silva. Tudo foi como organismo completo, a presença de cada um foi muito importante para que essas oficinas fossem aproveitadas conjuntamente, resultando em diversão, informação e solidariedade. Foi a primeira experiência, erros e acertos foram testados. No mais, a tendência é sempre estar evoluindo. Pode crer!

Dri Gama – Projeto Puraqué – Cidadã do planeta TERRA.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Momentos curiosos da viagem a Vila Franca



De manhã, de carona no jipe. Pensamos que ia ser assim...




Um momento terno. Ele está solitariamente vendo os desenhos das crianças participantes. Qual será o que chamou mais atenção?




Sentada embaixo de um benjaminzeiro, curtindo a sombra que a cada dia está se sumindo.




Brincadeira da cadeira, brincadeira de criança. Os adultos só na vontade.



O caminho da estrada... Muita história e chuva para contar.




Barco do PSA, seu Joãozinho no comando. E a pergunta que não quer calar, durante a noite: "Cadê o barco, cadê o barco?"( Dri perguntando para Iaco e Karen) rsss

Reencontro!



Eu estava na expectativa de encontrar umas pessoas muitos queridas que moram na comunidade de Vila Franca, como a D. Benvinda, D. Rosa, Nazaré,Teresinha e Jesuíta. Em 2002, estive lá como oficineira de Curso de Casais, pelo Movimento de Mulheres em Santarém. Os integrantes da equipe era formada por mim, pelo meu sogro e sogra Walter e Graça Gama e meu queridão Jader. Naquele momento estava grávida de dois meses do meu filhote Gu. Estava tão enjoada nesses meses, que só indo para a bucólica Vila Franca. É muito bom encontrar novamente essas mulheres guerreiras e corajosas.




Compromisso com as crianças de Vila Franca



Num sábado de manhã com chuva, no dia 7 de fevereiro, aconteceu o último seminário comunitário do ECA nas comunidades ribeirinhas. Para fechar essa etapa, a comunidade de Vila de Franca se apresentou com uma forte participação de suas lideranças e mostrou com muita alegria e seriedade, seu compromisso e responsabilidade com suas crianças e adolescentes.



A equipe do Programa “Pelos Direitos das Crianças da Amazônia” do PSA, (Jacobien, Elis, Karen, Pimenta e Adriane Gama) chegou à Vila Franca pelo maravilhoso rio Arapiuns, no barco Saúde e alegria, sob comando a bordo do seu Joãozinho. Chegamos pelo quintal da comunidade (frente fica no rioTapajós) e a pé, percorremos uma pequena estrada contemplando a natureza.


Na sede comunitária da RESEX, começamos nosso encontro com a disposição dos participantes e apresentação de todos. O arte-ecudador e palhaço Pimenta convidou todas as crianças para brincar e juntamente com a Karen, aluna da Escola Nórdica da Suécia, fizeram uma filmagem muito divertida sobre os direitos fundamentais do ECA.


Os participantes estavam muito envolvidos e ativos no seminário e o melhor momento, foi a hora do debate do grupo, onde as pessoas puderam esclarecer suas dúvidas e discutir um pouco sobre o ECA e o programa. Sempre intercalando com momentos de dinâmicas e brincadeiras para ter mais energia no corpo e na alma. O que foi muito importante também, foi a formação dos agentes multiplicadores do ECA na comunidade, liderada pelos jovens e adultos, fortalecendo a rede local de proteção a meninos e meninas.





À noite, no Gran Circo Mocoronga, a comunidade apresentou várias demonstrações artísticas culturais locais, como: a dança do Carimbó, paródias e a mais singela de todas, a dança do Tipiti, dançada pelas crianças e adolescentes. Os grupos temáticos do seminário também produziram suas dramatizações, músicas e poesias, mas a mãe natureza, anunciava um "toró" de chuva e finalizamos o espetáculo, agradecendo a todos e todas por sua gentileza e receptividade e pela participação alegre da comunidade de Vila Franca.



Dri acompanhada de uma mocinha chamada Elis Lucien


Na volta pela estrada, debaixo de chuva à noite, tivemos a clareza que durante essa temporada de seminários, tivemos a oportunidade de conviver e conhecer pessoas que acreditam em um futuro mais digno e justo para suas comunidades, especialmente para crianças e adolescentes. E com a dedicação e esforços dessas pessoas, conseguimos divulgar e sensibilizar os comunitários para garantir o respeito e direitos fundamentais de meninos e meninas que estão em pleno desenvolvimento, as futuras lideranças riberinhas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Você já passou protetor solar?

Ainda restos de FMS... Não falando propriamente do Fórum, mas aconteceu um fato que não posso deixar de registrar naquele momento. Kat e eu, passeando pela UFPA (lá,lá, li, lá,lá),vi um lugar muito familiar que me deixava lembranças de um tempo muito bom e de que novas mudanças, iriam tomar rumos na minha doce vida. Então, tirei uma foto no mesmo lugar. Daí, veja como vale a pena passar FILTRO SOLAR. rssss











UFPA - 1995








UFPA - 2009


São os dias verdes...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

É necessário!

Não poderia deixar de colocar esse relato simbólico de uma das militantes do meio ambiente do Brasil que mais reflete minha querida Amazônia. Essas palavras fortes e fiéis foram escritas logo após o FMS.

Confira, vale a pena ler.
bjs,


Terça, 3 de fevereiro de 2009, 08h15

É possível

Marina Silva
De Brasília (DF)

Encerrado o Fórum Social Mundial de Belém, o próximo deverá ser descentralizado e somente em 2011 teremos outro encontro do porte deste, do qual participaram 130 mil pessoas, imbuídas da certeza de que um outro mundo é possível. E de que ele surgirá da rejeição dos modelos estabelecidos e da capacidade de estruturar propostas, espaços e processos inovadores e movidos por valores de justiça, equidade e equilíbrio social e ambiental.

É difícil fazer um balanço, ou melhor, talvez não caiba um balanço para algo cuja marca é a diversidade de idéias, conhecimentos, culturas, idades, condição econômica, nacionalidades, línguas. Talvez seja mais adequado apenas transmitir algumas impressões do que me foi dado vivenciar e observar nesses dias em Belém, dentro da vasta agenda de eventos simultâneos do Fórum. Participei de vários debates e o que mais me chamou a atenção foi o grande interesse da juventude por temas ligados ao meio ambiente. No último, sobre crise ambiental planetária e mudanças climáticas, juntamente com o professor Leonardo Boff e o indiano Vinod Reida, o auditório lotado de maioria jovem ouviu em postura silenciosa e concentrada e, pela reação ao final, demonstrou sua mobilização e compromisso com o tema.

Ao mesmo tempo, quando os participantes eram mais diversificados, observei que não havia diferenciação nem de idade nem de situação econômica e nem de origem ou cultura, na preocupação em entender a crise ambiental planetária e, principalmente, em fazer alguma coisa. E, embora esse fazer ganhe inúmeras traduções, a depender da visão social e das possibilidades de cada pessoa, senti a força da disposição concreta para o agir agora.

Não se trata de um discurso sobre o inatingível e inalcançável, de uma dimensão além do alcance de cidadãos comuns. Há um entendimento de que a cada um é possível, sim, dar uma contribuição. Como se um dissesse: eu já faço algo, mas como posso fazer mais? E o outro respondesse: ainda não estou fazendo, como posso começar a fazer?

Mas também há consciência clara de que é insubstituível o papel de governos, instituições multilaterais, grandes empresas e outros atores cujo porte os faz responsáveis por desencadear ações com o impacto necessário a catalisar as iniciativas da sociedade e estabelecer novos padrões e paradigmas. É uma pena que a maioria dos políticos e das estruturas de poder não esteja antenada para essa energia. Enredam-se em saídas velhas para a crise econômica, não reconhecem a dimensão da crise ambiental, não vêem como as duas são inseparaváveis e se perdem em discursos igualmente velhos.

Saí do Fórum segura de ter tido a oportunidade de constatar, por uma boa amostragem - a das pessoas engajadas ou dispostas a um engajamento maior e, portanto, prontas para multiplicar suas inquietações e conhecimentos - que a inserção do tema ambiental está mudando em todos os segmentos sociais. Deixa de ser um campo restrito para capilarizar-se no cotidiano e ganhar lugar essencial nos acontecimentos da vida coletiva e individual. Meio ambiente já tem a visibilidade de uma nova força mobilizadora. O maior exemplo foi a maneira integrada como a crise econômica e a crise ambiental fundiam-se nas falas e manifestações nos diferentes eventos.

Tive, inclusive, a sensação de que a própria situação mundial de aumento de incertezas faz com que as pessoas reposicionem suas referências. O pragmatismo dá lugar aos valores e aos sonhos, os únicos sólidos o suficiente para ancorar a esperança. Pode parecer um paradoxo, porque os sonhos poderiam ser vistos justamente como algo intangível, etéreo, sem substância para nos ancorar, mas creio que acontece o contrário. É nesses momentos que percebemos o quanto as bases materiais da sociedade são inseguras, voláteis, imediatistas e geradoras de cultos a ilusões desprovidas da profundidade de que precisamos para direcionar a vida e lhe dar sentido.

Estamos numa conjuntura propícia a essa busca na qual nos questionamos e encontramos disposição para mudar. E é nessa conjuntura que a defesa do meio ambiente deixa de ser uma militância marginal e específica para se inserir no centro da construção de alternativas de organização social e econômica que representem um avanço real diante do fracasso do modelo consumista, utilitarista e excludente que nos levou aos impasses atuais.

Assim, é importante não se deixar levar por notícias que acabam dando uma visão folclorizada do Fórum, como se fosse um reduto de malucos, radicais e retóricos. É que, ao contrário de Davos, onde o recorte do poder é condição para sentar-se à mesa, o Fórum é amplo, aberto, e só exige a disposição para mudar o mundo. Utopia? Felizmente, sim.


Marina Silva é professora secundária de História, senadora pelo PT do Acre e ex-ministra do Meio Ambiente.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A volta!


E seguindo a melodia da estrada: De volta para casa!


Por que a gente é assim: feliz?



















Tirar fotos com essas figurinhas, tem que acontecer. Parece que somos irmãs gêmeas. ( é claro, que sempre sou a irmã boazinha, sim.)
Não perdemos a pose, isto é, o momento. rssss

Puraqueanos no FMS



Essa turma bonita estava muito elétrica no FMS 2009. Foram muitas mais que emoções para algumas pessoas desse grupo. Novas expectativas, novas esperanças, novos conhecimentos e principalmente presentes trocas de conhecimentos.


Tempos de Fórum






Ainda restou algumas fotinhas de lembrança do FMS 2009. Da alegria, da roda de conversa, das atividades em campo, do respeito à liberdade de vida e de expressão, das lutas pelas causas sociais e ambientais. Num Fórum Social Mundial rola de tudo, tem pontos negativos e positivos, mas com certeza tem muita gente levando a sério com muito humor por um mundo melhor.