sexta-feira, 22 de maio de 2009

Cuidando das crianças ribeirinhas

O seminário temático “O ECA protegendo os filhos da floresta”, realizado no último sábado, dia 16 de maio, no Amazônia Boulevard, marcou o encontro dos agentes multiplicadores das comunidades ribeirinhas com a Rede de proteção infanto-juvenil. Esse evento foi realizado com muito carinho, o qual  fecha mais um ciclo de trabalho e que reuniu duas forças de proteção a meninos e meninas ribeirinhas: a comunitária e a municipal. As comunidades comprometidas que fazem parte do programa trouxeram seus representantes dos multiplicadores e a Rede, na presença do 3º BPM, Guarda mirim, Ministério Público, Juizado da infância e da juventude e dos Conselhos de Direitos e Tutelares de Belterra e Santarém, estiveram juntos demonstrando apoio e solidariedade, assim fortalecendo e reconhecendo a grande REDE.

A partir das nossas atividades nas comunidades, conseguimos abordar os desafios e resultados sócio-cultural e educativa do ECA nas comunidades ribeirinhas. Tivemos depoimentos dos multiplicadores e a atenção dos representantes dos órgãos de proteção, falando dos seus papéis fundamentais no combate contra as violações de meninos e meninas e como chegar até eles, quando for solicitados. Segundo Maykson, da comunidade de Boim: "

No final, houve vários encaminhamentos necessários de como continuar os planos de ação locais e trabalhar em conjunto com a Rede dentro e fora da sua comunidade. Fechamos com a entrega dos certificados e com um saboroso coquetel. Então, em nome da equipe ECA, deixo agora os parabéns muito carinhosos para todos os multiplicadores do ECA e que a força continuem em seus corações e mentes. Salve as crianças da amazônia! Nesse seminário do ECa, Adriane  Gama e Jacobien  Nagel se despedem com o coraçao apertado e feliz por ter compartilhado os conhecimentos, contribuindo com a sensibilização dos Direitos das Crianças Ribeirinhas. Foram muitas águas cristalinas para contar sobre as histórias marcantes nas comunidades.  Agradecimentos sinceros aos muitos amigos e amigas verdadeir@semue acreditam que tudo possa melhorar cada vez mais em nossas vidas.

As comunidades ribeirinhas que estiveram presentes ao encontro foram: Cametá (Aveiro), Boim, Muratuba, Surucuá, Suruacá, Parauá, Pedra Branca, Solimões, Capixauã e Vista Alegre de Capixauã, da RESEX e Pedreira e Prainha, da FLONA - Belterra. Abraços fraternos para @s querid@s Agentes Multiplicadores do ECA!!!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Dias de rios...



Tem dias que dá vontade de ficar com os pés de molho na água. Bom, o menino deu um jeito nisso. Memórias do rio Tapajós, na frente da comunidade de Vila de Amorim.



Dias de aconchego, de segurança, de proteção, de carinho e de amor. Sempre é tempo, o tempo é eterno como segundos.



Tempos de veslumbrar, admirar, contemplar, mas também o quanto antes, de cuidar, preservar, ensinar. Só faltou a Jaduca, meu amorzinho...



Dias de aprender, conhecer, descobrir e aproveitar...



Dias de amizade, de confiança e de ternura e de convivência.

Obrigada seu Bionor, pela sua canoa, pela sua gentileza e pela sua coragem de vida.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

“Esquecer é permitir. Lembrar é combater”

Este é o slogan do 18 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-juvenil, dia em que reafirmamos a nossa responsabilidade e compromisso com nossas crianças e adolescentes contra violações de abusos, exploração e violência de todas as suas formas.

Esse dia foi criado pela Lei n.º 9.970, de 17 de maio de 2000, em razão de um crime que comoveu a população brasileira, ocorrido na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, em 1973. Naquele ano, a menina Araceli Cabrera Crespo, de oito anos, foi espancada, drogada, violentada e assassinada. Até hoje, os culpados pelo crime não foram punidos.

Conforme denuncia o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), dentre as diversas manifestações de violência contra crianças e adolescentes, as mais incidentes são o abuso sexual praticado por integrantes da própria família e a exploração sexual para fins comerciais, como a prostituição, a pornografia e o tráfico.

Além de crime e cruel violação dos direitos humanos, essas expressões resultam em danos irreparáveis para o desenvolvimento físico, psíquico, social e moral das crianças e dos adolescentes suscetíveis a esse tipo de violência. Entre outras conseqüências, as vítimas estão sujeitas à dependência de drogas, à gravidez precoce e indesejada, a distúrbios comportamentais e doenças sexualmente transmissíveis.

Nesse dia, em Santarém, aconteceu uma passeata solidária, rganizada pelo Conselho Tutelar, com concentração na frente da pastoral do menor, e com saiu, às 17h, em caminho a praça São Sebastião, fechando o evento com manifestações artísticas. Essa mobilização reuniu jovens, adolescentes e crianças, e entidades e órgãos de proteção a meninos e meninas, como CONDECA, guardas mirins, agentes de proteção, Bem-me-quer, IPAS, Projeto Puraqué e Projeto Saúde e Alegria.

Cada um de nós podemos mudar esta realidade, precisamos combater o silêncio e a indiferença da sociedade em relação ao tema - influenciados pela cultura de impunidade dos agressores - , o que contribui com o ciclo de violação aos direitos das vítimas.

Discar 100 é o próximo passo!


Foreigner - Memórias de um dente

Nesse mês fiz uma cirurgia na gengiva por causa de um dente, nem me lembro direito desse dia. E por causa da minha intensa vida, (e também por algumas eventualidades), ainda tô me recuperando. Nunca pensei que fosse demorar tanto assim... Mas a Drizinha não pára, fazer o quê. Ai, como é difícil, a vida de um dente! Só pra desabafar. rssss

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Bye Puraqué do Amazon Park Hotel

Filhotes de June

Ontem, à tardinha, por volta das 17h, começou a nascer um por um, os filhotinhos fofinhos da June, minha cadela. São 7 cachorrinhos ao todo da segunda cria. June Perly, tomara que pare por aí, tá bom demais. Agora é ouvir o som da melodia dos choros coletivos.

Amazônia submersa

Mudanças climáticas interferindo direta ou indiretamente, não importa o que de fato seja exatamente. A amazônia, toda região norte, assim como boa parte do Brasil está sofrendo as consequências da força colossal da natureza, Mãe Gaia. Intervenção humana, tenho certeza que sim, urbanizações apertadas, crescimento populacional desordenado da raça humana, represas e barragens que representam fortes impactos ambientais, desmatamentos e queimadas, extinção da fauna e flora, poluição da água, do ar e da terra, surgimento de doenças viróticas são uns dos problemas que afetam diretamente todas nossas vidas e o que está ao nosso redor.

Na cidade de Santarém, muitas pessoas, famílias estão desoladas por causa das enchentes urbanas, abandonandos forçadamente das suas casas. Lugares que não enfrentam inundações nas suas casa, mas também já não contam com a água na sua torneira, que ironia! A maior enchente de todos os tempos depois de 30 anos. Será que também teremos a maior seca? Vamos apenas esperar para ver o que vai acontecer?


Momentos de reflexão, de mundanças de hábitos e atitudes estão cada vez mais em voga. A sensibilização é coletiva, mas a consciencia é individual, é sua!!

Ecoando na Vila de Amorim

Apoio aos pequenos projetos de intervenção dos agentes multiplicadores do ECA

A equipe “Crianças da Amazônia” do PSA, no final do mês de abril, realizou mais uma ação sócio-educativa nas comunidades ribeirinhas. Como ponto de partida fluvial da viagem, partimos da comunidade de Aramanaí, na Flona, atravessando o rio Tapajós em rumo a comunidade de Vila de Amorim, na RESEX, para realizar um trabalho colaborativo e de apoio aos pequenos projetos de intervenção dos agentes multiplicadores dessa comunidade. Foram dois dias - 24 e 25 de abril - de encontro com muita interatividade com uma participação de sessenta alunos entre crianças e adolescentes amorinenses.

As atividades foram realizadas embaixo do chapéu de palha batizada “Maloca do amor”, e complementava um dos planos de ação dos multiplicadores em parceria com a escola José de Melo Filho, abordando os temas geradores: Educação sexual e convivência familiar.

Na sexta-feira pela tarde, a equipe foi saudada pelos alunos e alunas, na maloquinha, na frente da comunidade, quase que sob as águas do Tapajós, por causa do período longo da cheia do rio. Lá fizemos a apresentação de todos, e iniciamos com a atividade de reconhecimento a si mesmo e de nossos espaços e das outras pessoas. Para compreender melhor essa idéia, pedimos para os meninos e meninas se separarem por sexo e formarem grupos. Cada equipe deveria desenhar o corpo humano do sexo oposto e então no final, apresentarem seus desenhos aos demais colegas.

Foi tudo muito tranquilo, todos participaram, cada equipe arranjou um lugar na praça da comunidade e depois de algumas risadas por causa dos desenhos, todos voltaram para a maloquinha. Cada equipe na menor ou maior compreensão conseguiram identificar as diferenças físicas de um corpo feminino e masculino. O interessante é que todas as crianças não se sentiram constrangidas, pelo contrário, souberam muito bem caracterizar o corpo e suas diferenças, além de usarem os nomes corretos dos órgãos genitais, de forma clara e sem desconfianças. No final da tarde, houve uma merenda coletiva oferecida pela escola e encerramos as atividades.

Na manhã de sábado, começamos com a Dinâmica do Toque, com sentido de transmitir o respeito e cuidados com seu corpo, ilustrando os limites que cada um deve ter com o corpo do outro. Depois, foi o momento das brincadeiras de campo, mas o tempo era de chuva nessa dia, por isso passamos a manhã na sede comunitária. A dinâmica, Brinquedo Encantado, chegou primeiro com uma forte energia, resgatando toda a cultura das cantigas de roda cantadas pelas crianças e adolescentes, em duas grandes rodas com as multiplicadoras do ECA. Depois dessa brincadeira, foi o momento da montagem do quebra-cabeça interativo e logo em seguida, finalizamos com o filme educativo “A vida de João”, que fala sobre direitos humanos, sexualidade, relação de gênero e preconceitos. Tivemos uma breve conversa didática e de sensibilização sobre esses temas.

O apoio da equipe do ECA do PSA, por Adriane Gama e Jacobien Nagel, contribuiu através desse encontro, para a conclusão de mais uma atividade dos planos de ação local dos agentes multiplicadores da comunidade da Vila de Amorim, que iniciou com palestras educativas continuadas realizadas mensalmente na escola. Agradecimentos as multiplicadoras do ECA, as professoras Isabel e D.que participaram do encontro, a diretora da escola, Ivânia Rodrigues, e em especial a todas as crianças e adolescentes presentes. Até mais, força ribeirinha!