Neste último final de semana, de 24 a 26 de abril, aconteceu uma bonita e movimentada oficina de conhecimentos livres. Dessa vez, foi às margens do rio Tapajós, na Vila de Amorim, uma pacata comunidade ribeirinha, Santarém, Pará. Através da iniciativa das lideranças comunitárias, como a do Conselho de Segurança Comunitária e da Escola, foi articulada um encontro da comunidade com o Coletivo Puraqué, ativistas em Software Livre e solidariedade intelectual. A partir daí, como resultado dessa parceria, os oficineiros tiveram como rumo, sobre estrada e rio, para a realização das oficinas colaborativas como primeiro passo de direitos ao acesso e uso das ferramentas tecnológicas.
De Santarém, saímos de comboio com duas kombis, a do Puraqué e a do PSA. Seguimos para o município de Belterra e fomos para a comunidade de Aramanaí, de bela praias e cenário turístico. Nessa época, no entanto, como estamos em tempo de cheia na Amazônia, vimos somente barracas e árvores debaixo do rio. Tivemos que passar por uma ponte submersa até aos nossos joelhos para chegar ao barco chamado “”. E exatamente às 10:30h, começamos nossa viagem a barco, atravessando o rio Tapajós, em direção a comunidade Vila de Amorimcom um tempo de duas hora e meia. O que não faltou tempo suficiente para jogar um bom dominó e diminuir a ansiedade de chegar no local.
Ao chegar na comunidade, ao meio-dia, todos puderam vislumbrar a beleza natural e hospitaleira dos comunitários. Como já conhecia a comunidade, foi muito bom rever as queridas pessoas que moram lá e a turma do Puraqué foi muito bem recepcionado por todos. Após o almoço, fomos todos para a sede comunitária, onde todos nos aguardavam para ser realizado a cerimônia de abertura. Depois, após a apresentação da equipe e das oficinas, nos dividimos e fomos para o locais já previamente preparados para o evento. As oficinas de vídeo, gráfico e metareciclagem aconteceu na escola e a de aúdio foi ao lado da sede, local apropriado para colocar a antena da rádio. Na ocasião, também aconteceu simultaneamente, uma atividade de apoio ao projeto dos multiplicadores do ECA locais com as crianças e adolescentes.
Cada oficina trabalhou com temas bem variados, mas o conteúdo de gestão compartilhada foi feita por todos os oficineiros, pois a finalidade de cada oficina é compartilhar os conhecimentos e distribuí-los de forma solidária e intelectualmente. Na oficina de Metarec, com Dennie, Janaína e Jane foi trabalhado com o mapa mental da máquina, identificação das peças e instalação do sistema. Na de gráfico, com a Alessandra, contextualizou a história da comunicação e manipulação das ferramentas de diagramação eletrônica. No aúdio, sob a facilitação de Gama, Marcelo e Gisele, foi produzida a rádio O papagaio, com a participação dos comunitários na apresentação. Por falar neles, foi difícil colocar em pé a antena da rádio, mas com a ajuda de todos corajosos, deu tudo certo. O mais empolgante, é que o programa foi feito ao vivo e até as comunidades mais próximas, como Enseada e Cabeceira do Amorim conseguiram acompanhar a programação. Foi muito bom!
Na sala do vídeo, a criatividade rolou livremente, e após várias idéias, a turma já tinha feito uma história dramatizada sobre o alcoolismo e gravidez precoce. A partir daí, todos foram acrescentando com suas sugestões e foi criado o roteiro do filme com o título: “ Histórias de Manomel”. Um filme muito interessante que aborda as questões acima citada sem perder uma pitada de humor. E mais, nesta história, teve a participação inédita da banda Invenção, formada por um grupo de jovens músicos com sua irada bateria metareciclada. Um show a parte!
No primeira noite, aconteceu um cineclubismo muito interessante com vários filmes que foram criados nas oficinas anteriores como “Amor com amor se paga”, de relações de gênero e “Gravidez Precoce”, filme produzido pelos jovens de Belterra juntamente com os alunos suecos da escola nórdica. Adultos e crianças puderam prestigiar um pouco da rica criatividade amazônida. Na noite cultural, que aconteceu no sábado, a comunidade da Vila de Amorim puderam mostrar um pouco do talento da Banda Invenção e manisfestações artísticas locais.
No domingo, pela manhã, todas as oficinas estavam finalizando as suas atividades e seus produtos. Cada grupo fechou suas oficinas com uma avaliação e todos se dirigiram a sede comunitária. Os oficineiros chamaram suas equipes de metarec, aúdio, gráfico e vídeo e respectivamente, os comunitários e comunitárias contaram vários depóimentos sobre essa nova experiência, todos estavam eletrizados com tudo que aconteceu durante esses três dias intensos. Foi muito bom, ter vistos adultos, senhores e senhoras, adolescentes e crianças com o mesmo objetivo, a busca de conhecimentos e novas apredizagens utilizando essas ferramentas tecnológicas.
Fechamos com a entrega de um computador kit midíatico simbolizando essa nova parceria, como ponta pé inicial de continuar com essa proposta de compartilhar idéias coletivamente em busca de melhorar a qualidade de vida dos comunitários da Vila de Amorim, através do conhecimento e da solidariedade intelectual.
Foi uma experiência maravilhosa, única de interatividade que cada oficina de conhecimento livre nos permite viver por todos. Minha pessoalmente foi aplaudir e também aprender com o trabalho exaustivo, mas solidário das lideranças locais, como a Ivânia, Seu Bionor, João Paulo, D. Isabel, Jairo, grupo de jovens, enfim todos aqueles que se dedicam continuamente em prol de um coletivo de uma comunidade. E principal, ter levado comigo o meu filhote Gustavo, por ele ter vivido intensamente essa experiência de vida compartilhada que seus pais acreditam e guardar por toda sua vida, os seus novos amiguinhos. Martina, filhota da Gi, posso com certeza afirmar a mesma coisa. Jadh Gama não viajou dessa vez, mais haverá muitas oportunidades, viu filhota!
Agradecimentos a todas aos incentivadores, colaboradores de apoio logístico e da merenda que atenciosamente nos acolheram. A todos e todas oficineir@s do Coletivo Puraqué.
Esta foi mais uma realização do Projeto Puraqué e do Pontão de Cultura do Tapajós. Mais dias verdes e até mais!!!
De Santarém, saímos de comboio com duas kombis, a do Puraqué e a do PSA. Seguimos para o município de Belterra e fomos para a comunidade de Aramanaí, de bela praias e cenário turístico. Nessa época, no entanto, como estamos em tempo de cheia na Amazônia, vimos somente barracas e árvores debaixo do rio. Tivemos que passar por uma ponte submersa até aos nossos joelhos para chegar ao barco chamado “”. E exatamente às 10:30h, começamos nossa viagem a barco, atravessando o rio Tapajós, em direção a comunidade Vila de Amorimcom um tempo de duas hora e meia. O que não faltou tempo suficiente para jogar um bom dominó e diminuir a ansiedade de chegar no local.
Ao chegar na comunidade, ao meio-dia, todos puderam vislumbrar a beleza natural e hospitaleira dos comunitários. Como já conhecia a comunidade, foi muito bom rever as queridas pessoas que moram lá e a turma do Puraqué foi muito bem recepcionado por todos. Após o almoço, fomos todos para a sede comunitária, onde todos nos aguardavam para ser realizado a cerimônia de abertura. Depois, após a apresentação da equipe e das oficinas, nos dividimos e fomos para o locais já previamente preparados para o evento. As oficinas de vídeo, gráfico e metareciclagem aconteceu na escola e a de aúdio foi ao lado da sede, local apropriado para colocar a antena da rádio. Na ocasião, também aconteceu simultaneamente, uma atividade de apoio ao projeto dos multiplicadores do ECA locais com as crianças e adolescentes.
Cada oficina trabalhou com temas bem variados, mas o conteúdo de gestão compartilhada foi feita por todos os oficineiros, pois a finalidade de cada oficina é compartilhar os conhecimentos e distribuí-los de forma solidária e intelectualmente. Na oficina de Metarec, com Dennie, Janaína e Jane foi trabalhado com o mapa mental da máquina, identificação das peças e instalação do sistema. Na de gráfico, com a Alessandra, contextualizou a história da comunicação e manipulação das ferramentas de diagramação eletrônica. No aúdio, sob a facilitação de Gama, Marcelo e Gisele, foi produzida a rádio O papagaio, com a participação dos comunitários na apresentação. Por falar neles, foi difícil colocar em pé a antena da rádio, mas com a ajuda de todos corajosos, deu tudo certo. O mais empolgante, é que o programa foi feito ao vivo e até as comunidades mais próximas, como Enseada e Cabeceira do Amorim conseguiram acompanhar a programação. Foi muito bom!
Na sala do vídeo, a criatividade rolou livremente, e após várias idéias, a turma já tinha feito uma história dramatizada sobre o alcoolismo e gravidez precoce. A partir daí, todos foram acrescentando com suas sugestões e foi criado o roteiro do filme com o título: “ Histórias de Manomel”. Um filme muito interessante que aborda as questões acima citada sem perder uma pitada de humor. E mais, nesta história, teve a participação inédita da banda Invenção, formada por um grupo de jovens músicos com sua irada bateria metareciclada. Um show a parte!
No primeira noite, aconteceu um cineclubismo muito interessante com vários filmes que foram criados nas oficinas anteriores como “Amor com amor se paga”, de relações de gênero e “Gravidez Precoce”, filme produzido pelos jovens de Belterra juntamente com os alunos suecos da escola nórdica. Adultos e crianças puderam prestigiar um pouco da rica criatividade amazônida. Na noite cultural, que aconteceu no sábado, a comunidade da Vila de Amorim puderam mostrar um pouco do talento da Banda Invenção e manisfestações artísticas locais.
No domingo, pela manhã, todas as oficinas estavam finalizando as suas atividades e seus produtos. Cada grupo fechou suas oficinas com uma avaliação e todos se dirigiram a sede comunitária. Os oficineiros chamaram suas equipes de metarec, aúdio, gráfico e vídeo e respectivamente, os comunitários e comunitárias contaram vários depóimentos sobre essa nova experiência, todos estavam eletrizados com tudo que aconteceu durante esses três dias intensos. Foi muito bom, ter vistos adultos, senhores e senhoras, adolescentes e crianças com o mesmo objetivo, a busca de conhecimentos e novas apredizagens utilizando essas ferramentas tecnológicas.
Fechamos com a entrega de um computador kit midíatico simbolizando essa nova parceria, como ponta pé inicial de continuar com essa proposta de compartilhar idéias coletivamente em busca de melhorar a qualidade de vida dos comunitários da Vila de Amorim, através do conhecimento e da solidariedade intelectual.
Foi uma experiência maravilhosa, única de interatividade que cada oficina de conhecimento livre nos permite viver por todos. Minha pessoalmente foi aplaudir e também aprender com o trabalho exaustivo, mas solidário das lideranças locais, como a Ivânia, Seu Bionor, João Paulo, D. Isabel, Jairo, grupo de jovens, enfim todos aqueles que se dedicam continuamente em prol de um coletivo de uma comunidade. E principal, ter levado comigo o meu filhote Gustavo, por ele ter vivido intensamente essa experiência de vida compartilhada que seus pais acreditam e guardar por toda sua vida, os seus novos amiguinhos. Martina, filhota da Gi, posso com certeza afirmar a mesma coisa. Jadh Gama não viajou dessa vez, mais haverá muitas oportunidades, viu filhota!
Agradecimentos a todas aos incentivadores, colaboradores de apoio logístico e da merenda que atenciosamente nos acolheram. A todos e todas oficineir@s do Coletivo Puraqué.
Esta foi mais uma realização do Projeto Puraqué e do Pontão de Cultura do Tapajós. Mais dias verdes e até mais!!!